segunda-feira, 29 de novembro de 2010

UNICEF Lança Campanha Nacional Contra o racismo na Infância e na Adolescência

Brasília, 29 de novembro – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), lançou hoje, no auditório do Ministério da Educação, às 9h30, a campanha nacional sobre o impacto do racismo na infância. A iniciativa tem o slogan Por uma infância sem racismo.
O evento contou com a participação do secretário de políticas de ações afirmativas da Seppir, Martius Antonio Alves das Chagas; da secretária nacional de promoção dos direitos da criança e do adolescente da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Carmen de Oliveira; do secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro; e da representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier.
Além das autoridades, o evento teve a participação de representantes de movimentos negros e indígenas e de adolescentes de escolas públicas do Distrito Federal.
Para o UNICEF, a discriminação racial não apenas persiste no cotidiano das crianças no Brasil, como também se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos. Com a campanha, o UNICEF quer fazer um alerta sobre a necessidade da quebra do círculo vicioso do racismo para, dessa forma, estimular a criação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis.
A campanha, lançada como parte da celebração dos 60 anos de atuação do UNICEF no Brasil, tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira para a necessidade de assegurar a equidade e a igualdade étnico-racial desde a infância. Para o UNICEF, o combate ao racismo implica valorizar as diferenças, promovendo a igualdade de tratamento e oportunidades para cada menina e menino no Brasil, o que ainda representa um grande desafio para o País. Assim busca-se contribuir com o debate nacional sobre direitos da infância e adolescência, envolvendo cada segmento da sociedade no esforço do combate ao racismo a partir do reconhecimento de sua existência.
A Campanha – Para a primeira etapa da campanha, foram produzidas peças gráficas criadas pelas agências Ogilvy e AW Comunicação, parceiras da ação. A iniciativa conta com a participação do ator e embaixador do UNICEF no Brasil, Lázaro Ramos. Lázaro gravou um filme de 4 minutos, em que o texto demonstra a situação das crianças negras e indígenas no Brasil. O filme tem uma versão de 27 segundos para ser veiculado nos canais de televisão que apoiam a campanha.
Além disso, como parte da campanha, será disseminado um folheto institucional que propõe “Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo”, com orientações sobre como identificar, evitar e combater atitudes e ações discriminatórias. A campanha terá duração de um ano e será acompanhada de um blog (www.infanciasemracismo.org.br).
Ao reconhecer os progressos do Brasil na melhoria da qualidade de vida de suas crianças, a Representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, lembrou que esses benefícios ainda não contemplam equitativamente todos os meninos e meninas, especialmente, negros e indígenas. “Essas crianças e adolescentes ainda vivem em contextos de desigualdades. Muitas vezes sofrem discriminação no ambiente escolar, nas comunidades onde vivem e, até mesmo, em instituições públicas. Isso tudo tem uma repercussão profunda no desenvolvimento dessas crianças. O País precisa reafirmar o compromisso de eliminar todas as formas de racismo, sobretudo, na infância”, observou Marie-Pierre.
Diferentes setores da sociedade civil participaram da construção da campanha, entre elas: Ação Educativa, Ceafro, Tribo Jovem, Geledés, comunidades Pataxós, Coiab e Andi. Várias organizações já anunciaram apoio à iniciativa e veicularão peças da campanha. São elas: MTV, Canal Futura, Orla Rio, EBC, Discovery Chanel, Afrobras, MICA e Botafogo Futebol e Regatas. Grupos religiosos estão mobilizados em torno da campanha, desenvolvendo mensagens de sensibilização sobre o tema em suas comunidades.

Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo


1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.


4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.


5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.


9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.


10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Fonte: http://www.unicef.org.br/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MÃOS DADAS EM BUSCA DO SELO

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) veio no ínicio dos anos 90, estabelecer prioridade para crianças e adolescentes na formulação políticas públicas. A partir daí, diversos avanços foram alcançados, mas ainda há muito caminho para percorrer. Tornar a população de até 17 anos o foco central do orçamento público ainda não é o ponto forte do nosso país.
Mas vale ressaltar que a garantia dos direitos de meninos e meninos, não pode se resumir apenas ao orçamento público. A proteção integral dos mesmos em todos os âmbitos, deve ser marcada por uma mobilização social de todos os setores. Este processo não se resume apenas ao poder público, tornando -se a sociedade civil, outra grande responsável pela melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes.
É neste contexto, que se insere o trabalho em rede do poder público, instituições, família e sociedade civil organizada. Somar forças e ampliar as possibilidades e ações do trabalho de defesa social é o caminho para a mudança de realidade e para conquista do Selo UNICEF.
Ações integradas, encarando meninas e meninos como cidadãos possuidores de direitos, farão o mundo "ver o nosso município com bons olhos.
É preciso ainda, que o trabalho intersetorial, garanta aos jovens a participação efetiva na vida do país,  tornando - os agentes de transformação social e de mobilização da comunidade.
Vamos juntos de mãos dadas, poder público, sociedade e juventude fazer do nosso município um espaço para que todos cresçam de forma sadia!
Venha fazer parte da Conquista do Selo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É HORA DE AVALIAR...

Depois de mais uma meta cumprida, a realização do I Fórum Comunitário no dia 24 de Setembro, a comissão Pró – selo da cidade de Pedra Azul, deu continuidade aos trabalhos para conquista do Selo Unicef no município. A equipe se reuniu no Salão do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), no dia 1 de Outubro para Avaliação Geral do Fórum.
A reunião foi iniciada por Roberto Gomes Cardoso, articulador do Selo no município, que ressaltou a importância da realização do evento, bem como o sucesso do mesmo que contou com a participação de mais de 170 pessoas, que trabalharam em prol da busca da melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes do município.
Divididas em tópicos (Recepção, abertura, diagnóstico, Grupos de Trabalhos e plenária final), a avaliação das atividades foi o momento de refletir sobre os erros e acertos da equipe na realização no evento, e a oportunidade de propor ações de melhorias para serem colocadas em prática na realização do II Fórum Comunitário, que acontecerá em 2011.
Dando continuidade aos trabalhos, a equipe fez a revisão do Plano de Ação, produto das discussões acerca dos Objetivos de Impacto Social do Selo e segundo Roberto Gomes, a “menina dos olhos do Selo”. Na ocasião, as instituições presentes reforçaram seu compromisso com a luta para a garantia de políticas públicas para os meninos e meninas de Pedra Azul.
Findando o encontro, os participantes marcaram nova data da reunião, no dia 08 de Outubro para redação final do Plano de Ação.

A COMISSÃO
A Comissão Pró - Selo é formada por representantes do Conselho Tutelar, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, das secretarias municipais de Saúde, de Educação e de Ação Social, contando ainda com adolescentes do PROJOVEM e do CEDEDICA  - VALE (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Vale do Jequitinhonha. Reforçando assim a importância de ações intersetoriais para a garantia dos direitos das nossas crianças e adolescentes.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pedra Azul realiza o I Fórum Comunitário


Pedra Azul realizou no dia 24 de Setembro, o I Fórum Comunitário do Selo Unicef Edição 2009-2012. O evento realizado no Salão da Casa Paroquial contou com a participação de diversas instituições do poder público ,ONG, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Vale ressaltar a grande participação dos adolescentes, vindos das escolas municipais, inclusive dos distritos e zonas rurais.
As boas vindas para os participantes, após o credenciamento, foram dadas pelo os alunos da oficina de Teatro do Projeto Aprender com Arte do CEDEDICA  - VALE ( Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Vale do Jequitinhonha), com o recital "Versos de Canto a Canto".Logo após, foi composta a mesa de convidados, seguido do pronunciamentos do presidente do CMDCA, Helder Mendes Barbosa, do Prefeito Ricardo Mendes e do articulador do selo, Roberto Gomes Cardoso.
Os trabalhos foram conduzidos por Maria Aparecida Queiróz, Conselheira Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e facilitadora do evento, que ressaltou a importância da conquista do selo para o município;
O diagnóstico da situação das crianças e adolescentes,  foi apresentado por Glaubert Gomes e Fernanda Pamponet,representantes da Secretaria de Saúde; Ione Pinheiro, representante da Secretaria de Educação;  Emerson Damasceno, representante da Secretaria de Ação Social. O documento levantou dados importantes para a formulação de metas para a conquista do Selo.
Dando continuidade as atividades, foram divididos os grupos de trabalho para a elaboração do plano de ação em busca da melhoria da qualidade de vida de meninos e meninas do município.
Após a discussão dos grupos de trabalhos, foi realizada a plenária final onde os respectivos relatores dos grupos apresentaram as propostas desenvolvidas no grupo para o plano de ação.

"Se você quer um resultado a pequeno prazo, plante feijão que logo nascerá. Se você quer que o seu trabalho dê resultado em 5 a 10 anos, plante uma semente. Mas se você pensa no futuro e quer um resultado para a vida inteira, EDUQUE UMA CRIANÇA", diz Helder Mendes, Presidente do CMDCA."